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Mostrando postagens de março, 2009

Santo Agostinho

Santo Agostinho é um dos maiores luminares da Igreja, uma das inteligências mais lúcidas da humanidade. De mãe cristã (Santa Mônica) e pai pagão, nasceu no ano de 354 em Tagasta, África. Espírito inquieto, procurou a felicidade por muitas vias, inclusive na sensualidade, mas só a encontrou na mensagem autêntica de Cristo, tal como era apresentada pela Igreja católica. Aos 19 anos lera uma obra de Cícero – Hortêncio -, hoje perdida, que muito o impressionou. Essa obra era um convite à filosofia, à busca da sabedoria. Em suas peripécias e ânsias, Agostinho reconheceu a Sabedoria imortal em Cristo e converteu-se totalmente a ele. Sua vida é uma lição para todo homem que busca a verdade e deixa-se cativar por ela. Enfatizou como ninguém a urgência da vida interior, pois no interior do homem a presença do Mestre se faz sentir. A partir do seu encontro com Jesus Cristo, Agostinho tornou-se, de fato, um homem de Deus e da Igreja. Foi padre e zeloso bispo de Hipona. Cuidou incansavelmente do s

Papa mostra com intensidade sua alma de pastor

Padre Elílio de Faria Matos Júnior Sua Santidade o Papa Bento XVI dirigiu uma carta aos bispos da Igreja católica (10-3-09) para explicar-lhes o sentido do levantamento da excomunhão dos quatro bispos sagrados por Dom Lefebvre em 1988. Trata-se de uma carta sob muitos aspectos inédita, em que um Papa deixa transparecer sua alma, seus firmes propósitos e também suas aflições ao explicar um ato seu que “suscitou fora e dentro da Igreja uma discussão de tal veemência que desde há muito tempo não se tinha notícia”. O estilo lembra as cartas de um Paulo ou de um Clemente Romano. Como se sabe, o caso foi apimentado pelas declarações reducionistas de Dom Williamson, que de modo algum estavam em questão na intenção de Bento XVI. Aliás, creio que a tal entrevista polêmica de Dom Williamson, que foi gravada em novembro de 2008 e só divulgada na mídia três dias antes do levantamento da excomunhão (em janeiro de 2009), tenha sido usada, de adrede, para desautorizar o gesto papal. Bento XVI, ao mes

Papa sublinha validez das práticas cristãs «de sempre»

Permalink: http://www.zenit.org/article-20992?l=portuguese Propõe Nossa Senhora como «modelo de escuta da Palavra» Por Inma Álvarez ROMA, sexta-feira, 6 de março de 2009 ( ZENIT.org ).- O Papa afirmou que as práticas de devoção cristã «de sempre» não foram abolidas pelo Concílio Vaticano II , mas continuam «sendo válidas», durante o encontro com os párocos da diocese de Roma no dia 26 de fevereiro. Diante da pergunta do sacerdote Pietro Riggi, do Bairro dos Meninos Dom Bosco, sobre a vigência ou não de práticas devocionais cristãs como os sufrágios pelos falecidos ou as sextas-feiras dedicadas ao Sagrado Coração, o Papa explicou que «são realidades das quais o Concílio não falou, mas que supõe como realidade na Igreja». Estas práticas «não são coisas necessárias, mas surgidas na riqueza da meditação do mistério» da redenção de Cristo, e advertiu que ainda que «cada um pode entender mais ou menos o que é mais importante e o que não é», contudo « ninguém deverá desprezar esta riqueza, cr

Destinação da razão na filosofia ocidental

Padre Elílio de Faria Matos Júnior A concepção que se tinha da razão nas grandes filosofias da Antigüidade e da Idade Média era bem diversa da concepção que se foi delineando já a partir do ocaso da Idade Média, com o advento do problema dos universais e sua solução em favor do nominalismo encontrada bem claramente em Guilherme de Ockham (+1349). A razão antiga e medieval, tal como a podemos encontrar num Platão, num Aristóteles, num Plotino, num Agostinho, num Tomás de Aquino, possui um caráter decididamente teológico. O adjetivo teológico aqui, evidentemente, não se refere à teologia revelada, que assume o seu discurso do ato de fé numa revelação divina [1] . Por razão teológica entendemos uma certa concepção de razão, segundo a qual, ao filósofo, no próprio ato do exercício filosófico, num movimento de anabasis (subida), é possível deparar-se com o Princípio de todas as coisas (o divino), ainda que não o possa compreender analiticamente, já que o excesso de sua luz inteligível está